Timor foi a última grande causa nacional. Depois tivemos o Euro 94 mas isso foi mais folclore.
Foi, talvez, a última vez que nos mobilizamos como nação para, de forma generosa e desinteressada, ajudar a reparar uma injustiça. Claro que talvez a má consciência não nos permitisse dormir em paz ou saborear devidamente as telenovelas a seguir aos relatos e às imagens das atrocidades para com um povo que, nos confins do mundo, em nós confiava e que abandonámos à sua sorte.
Um povo que nos deu a nós e ao mundo uma das maiores lições de resistência, de coragem e de fé de que há memória.
Depois esquecemo-los outra vez, é verdade. A consciência nacional tem limites. E também precisa de descanso...
Sem comentários:
Enviar um comentário